segunda-feira, 30 de março de 2009

Câmeras do cinema apontam para Maricá

Fotos: Divulgação / Rodrigo Freitas
Marcos Prado e sua equipe em Ponta Negra
Depois de ser cenário para as gravações da minissérie “Maysa - Quando Fala o Coração”, Maricá recebe Marcos Prado e Zelito Viana, dois consagrados diretores do cinema nacional que colocam novamente a cidade no roteiro do cinema.

Marcos Prado esteve semana passada na cidade e conheceu possíveis cenários para seu novo filme “Paraísos Artificiais”. Diretor do premiado Estamira, filme vencedor de 33 prêmios nacionais e internacionais e o documentário de maior público nos cinemas em 2006, também produziu grandes sucessos como, “Tropa de Elite” e “Ônibus 174”.

Acompanhado pela Coordenadoria de Artes Visuais da Secretaria de Cultura e pela equipe da Ratazana Produções, o diretor visitou a Restinga de Marica, a casa de Darcy Ribeiro em Cordeirinho e o farol de Ponta Negra., demonstrando grande interesse em usar os locais nas cenas de seu filme.

Paraísos Artificiais é um longa-metragem de ficção que aborda a questão do consumo e do tráfico de drogas sintéticas por jovens da classe média, no cenário da música eletrônica e das festas rave. Um tema atual e polêmico nunca retratado pela cinematografia nacional.


Resgate do Cinema Nacional


Em mais uma iniciativa para fomentar o cinema na cidade, a Secretaria de Cultura estreou em grande estilo neste último sábado, dia 28 de março, o projeto Cine Memória, com a presença do cineasta Zelito Viana apresentando seu filme Avaeté.

O filme conta a história de um massacre de índios comandado por um empresário agropecuário na região Centro-Oeste do País. Sobrevive uma criança, que cresce protegida pelo arrependido cozinheiro da expedição. Mesclando seus anseios de vingança ao choque cultural por que passa em sua adolescência e juventude, sobretudo quando chega à metrópole (São Paulo), emerge na história um painel informativo e dramático sobre o Brasil.


Dono de uma vasta filmografia, Zelito Viana participou da difusão do movimento cinematográfico “Cinema Novo”, que promovia a produção de um cinema barato, feito sob a inspiração do lema "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça". Os filmes seriam voltados para realidade brasileira e com uma linguagem adequada à situação social da época, colocando o povo brasileiro na tela, fazendo com que a tela do cinema fosse seu espelho. O cineasta também integrou a equipe da Embrafilme, empresa estatal brasileira produtora e distribuidora de filmes.

O projeto Cine Memória tem o objetivo de valorizar histórias de vida através de filmes produzidos por cineastas brasileiros, compondo, junto com os projetos Cineclube Henfil e Cinema Escola, uma política de implantação e democratização dos equipamentos culturais de Maricá, através de processos de exibição e produção audiovisuais no município, atuando na formação de platéias críticas em relação às manifestações artísticas e à realidade social.


Zelito Viana com a casa de cultura ao fundo

As sessões são sempre às 18h00 horas em um telão montado ao lado da Casa de Cultura, na avenida Álvares de Castro 103, Centro, Maricá. Com a presença de um diretor do cinema nacional, apresentando um filme de sua autoria, seguido de debate sobre a fita e sua obra.


Programação

- 25 de abril, José Joffily, “Quem matou Pixote?”
- 30 de maio, Silvio Tendler , “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”
- 27 de junho, Roberto Farias, “Pra Frente Brasil”


Fonte: Prefeitura Municipal de Maricá - Subsecretaria de Comunicação Social
Texto e imagens enviados por e-mail para o Blog Costa do Sol Turismo em 30/03/09.

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