Por: Aristides Faria

A administração da vida profissional deve ser uma tarefa empreendida por nós mesmos, enquanto donos da mesma. Isto significa afirmar que não podemos simplesmente “deixar a vida nos levar” e o mercado decidir quais os caminhos que percorreremos rumo ao sucesso. Se é que estaríamos, assim, seguindo esta direção.
O barco de nossa carreira deve ser orientado de acordo com os ventos que desejamos, no sentido que esperamos durante os anos em que habitamos o mercado de trabalho – e mesmo após sairmos dele, pensando na qualidade de vida que teremos após a aposentadoria.
Uma tendência inerente não só aos profissionais do turismo, mas também aos demais co-habitantes do mercado de trabalho globalizado é o aumento da expectativa de vida. Ou seja, a cada década, passamos mais tempo aposentados e a carreira toma menor proporção em nosso tempo de vida, literalmente. Por outro lado, note que passamos a ter menos tempo hábil para decidir qual e como será nossa carreira e definir como será nossa aposentadoria, cada vez mais longa.
Não obstante, aumentam também as opções de lazer e a importância do tempo livre. Entra em cena o profissional de turismo, cuja carreira é orientada para trabalhar enquanto os outros se deslocam (não gosto do chavão “trabalhar enquanto os outros se divertem”).
Seguindo este raciocínio, ganha importância o trabalho remoto, o que dá liberdade às pessoas deslocarem-se; cresce o tempo de não-trabalho e o convívio em família, o que notadamente prescinde de atividades de recreação das mais variadas naturezas. Talvez por conta disso e muito mais, diz-se que “Turismo é a profissão do futuro”. Até quando será do futuro e tornar-se-á do momento, do presente, do agora?
Citei alguns elementos do mundo externo, mas você deve procurar em silencio e total concentração a motivação que brota de dentro de você. Estas rápidas provocações sobre como o mundo externo ajuda-nos a movermo-nos são minha contribuição para que você olhe para o mundo interior e faça escolhas, tome sérias decisões. Estas, você perceberá, são pessoais e profissionais ao mesmo tempo. Acalme-se, temos tempo para isso. Jamais se precipite!
Ainda na mesma esteira da questão do tempo de vida, reitero que o profissional de vanguarda no segmento do turismo deve atentar tanto a estes fenômenos externos, quanto aos internos, latentes em seu coração. Em meu caso, paixão pelo que faço e a ambição de gravar meu nome na história das pessoas. Encontre a sua motivação e o que lhe faz sorrir, produzir mais e melhor. O que lhe tira do sofá?
Em nosso próximo encontro conversaremos sobre o mundo interno e dentro de duas semanas faremos algumas reflexões sobre os conflitos entre estes dois mundos. Compartilhe suas impressões e achados! Nossa discussão será sempre mais rica com a participação de nossos queridos leitores.
Aristides Faria assina a coluna "Tendências do Turismo" no Blog Costa do Sol Turismo.
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